Seca no sul de Angola afeta mais de um milhão de angolanos
Seca no sul de Angola afeta mais de um milhão de angolanos
A seca já abrange 6 das 18 províncias angolanas, sendo o Cunene a região mais afetada. Há milhares de pessoas a passar fome e os animais estão a morrer. Secretário de Estado lamenta falta de contribuição de ministérios.
Para além do Cunene, que segundo as autoridades é a região mais afetada, as populações de Kuando Kubango, Huíla, Namibe, Benguela e Kwanza Sul estão sem água e alimentos.
Ainda não existem dados oficiais sobre o número de angolanos a sofrer com a seca, mas o coordenador da Associação Construindo Comunidades, o padre Jacinto Pio Wacussanga, que há longos anos acompanha a situação da fome aguda na região sul do país, calcula que "mais de um milhão de pessoas estão a ser afetadas de forma direta".
"De 2012 a 2016 falava-se em cerca de um milhão e agora a situação agravou-se. Modestamente falando, estamos a falar de acima de um milhão de pessoas", presume o ativista que trabalha na região dos Gambos, província angolana da Huíla.
Segundo o padre Wacussanga, ainda não existem dados específicos sobre o número de pessoas que já morreram vítimas da fome, consequência direta da seca que se vive na região. "As pessoas estão a ficar debilitadas e se não houver uma cesta básica, vamos atingir a essa fase crítica", alerta.
A seca já abrange 6 das 18 províncias angolanas, sendo o Cunene a região mais afetada. Há milhares de pessoas a passar fome e os animais estão a morrer. Secretário de Estado lamenta falta de contribuição de ministérios.
Para além do Cunene, que segundo as autoridades é a região mais afetada, as populações de Kuando Kubango, Huíla, Namibe, Benguela e Kwanza Sul estão sem água e alimentos.
Ainda não existem dados oficiais sobre o número de angolanos a sofrer com a seca, mas o coordenador da Associação Construindo Comunidades, o padre Jacinto Pio Wacussanga, que há longos anos acompanha a situação da fome aguda na região sul do país, calcula que "mais de um milhão de pessoas estão a ser afetadas de forma direta".
Jacinto Pio Wacussanga, coordenador da Associação Construindo Comunidades
"De 2012 a 2016 falava-se em cerca de um milhão e agora a situação agravou-se. Modestamente falando, estamos a falar de acima de um milhão de pessoas", presume o ativista que trabalha na região dos Gambos, província angolana da Huíla.
Segundo o padre Wacussanga, ainda não existem dados específicos sobre o número de pessoas que já morreram vítimas da fome, consequência direta da seca que se vive na região. "As pessoas estão a ficar debilitadas e se não houver uma cesta básica, vamos atingir a essa fase crítica", alerta.
Cesta básica para famílias afetadas
Como alternativa à atual situação, o padre Jacinto Pio Wacussanga sugere que o governo de prioridade a um programa de cesta básica para as famílias afetadas pela seca, tal como já faz o Brasil e a Namíbia. "Isso é que deve ser a prioridade do governo. Foram definidas planos de contingência que nunca saíram do papel para a prática", critica.
O presidente da Associação Construindo Comunidades lembra que Angola não tem um plano de contingência para combater a seca e a fome. "Numa fase intermédia, devia começar a erguer-se um sistema de retenção de águas", além de "outros trabalhos para se poder olhar para o desenvolvimento do setor da agricultura familiar e pecuária e do sistema de segurança alimentar no interior do país, defende o coordenador da ONG angolana.pecuária
@Dw
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