Económia | FMI "satisfeito" e "impressionado" com reformas em Angola
FMI "satisfeito" e "impressionado" com reformas em Angola
A economia angolana é destaque em vários pontos do mais recente relatório do FMI com as previsões económicas para a África subsariana em 2019, apresentado na sexta-feira (12.04) em conferência de imprensa, em Washington.
O diretor do departamento africano do FMI, Abebe Aemro Selassie, considerou que Angola "tem tido grandes êxitos na resposta aos desequilíbrios orçamentais com que se deparou nos últimos anos", sublinhando que o FMI está "muito impressionado com a dimensão e profundidade das reformas" que estão a ser praticadas pelo país, ao abrigo do PFA.
O responsável pelo departamento africano do FMI explicou que Angola está num ponto de inflexão em ambiente económico, tendo sido muito afetada pelo "choque" da descida de preços do petróleo entre 2014 e 2016.
O crescimento da economia angolana foi negativo em 2018, situando-se em -1,7%, em relação ao ano anterior.
Para 2019, o FMI prevê um crescimento económico de 0,4%, seguido de uma subida para 2,9% em 2020.
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| Vista parcial de Luanda |
A dívida de Angola em 2018 situou-se em 88,1% do Produto Interno Bruto (PIB), que deverá subir para 90,5% em 2019 e descer para 82,8% em 2020, de acordo com o FMI.
Ainda no campo do PFA, negociado com o FMI, uma das coisas a melhorar no futuro será a introdução de programas de proteção social, para ter a certeza que os ajustes são progressivos e evitam efeitos adversos, em particular na situação dos mais desfavorecidos, disse Abebe Aemro Selassie
No futuro, o FMI quer ver também a implementação de reformas para melhorar a competitividade da economia angolana nos mercados, que serão importantes para aumentar o crescimento.
O FMI recomenda a Angola o reforço do quadro das despesas a médio prazo e mais aplicação de controlos internos para evitar uma má repartição de despesas e facilitar a gestão de atrasos no desenvolvimento.


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