Angola: Como enfrentar o aumento "descontrolado" da população?
Angola: Como enfrentar o aumento "descontrolado" da população?
Fonte: DW África
Medidas de planeamento familiar não se têm mostrado "eficazes" no país, devido às fortes crenças culturais enraizadas, diz sociólogo. Campanhas de sensibilização junto às comunidades podem ser solução.
O relatório anual sobre o Estado da População Mundial, do Fundo de População das Nações Unidas, divulgado esta terça-feira (09.04), dá conta que, nos últimos 15 anos, a população em Angola quase triplicou, ascendendo, em 2019, a mais de 31,9 milhões de pessoas. Um número que contrasta com os 13,8 milhões de cidadãos registados em 1994 e menos de metade desse número em 1969 (6,6 milhões ).
Mas, aquilo que poderia ser considerado, em alguns países do globo, uma oportunidade, é para Angola um desafio, que promete trazer graves consequências, caso o Governo não tome as medidas adequadas.
Em entrevista à DW, o sociólogo Carlos Conceição nota que a "contenção do crescimento populacional" em Angola "não tem feito parte do caminho a seguir pelo Estado", que também não tem sido capaz de dar resposta positiva ao desemprego. Para Carlos Conceição, falar do "crescimento descontrolado da população" angolana é falar da alta taxa de natalidade do país, altamente influenciada com as condições sociais a que as famílias angolanas estão submetidas.
Casamentos precoces
O sociólogo angolano chama a atenção para os "problemas relacionados com os casamentos precoces". "As relações precoces que vão surgindo, dia após dia, também vão agudizando esta questão do crescimento populacional, que está fora do controlo do próprio Estado. A crise económica e social que nós vivemos influencia o comportamento das famílias e dos adolescentes", explica.
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