Retrospectiva2018: Novo impulso nos petróleos.

A regeneração da petrolífera, a ser feita em várias fases, visa torná-la menos pesada em termos funcionais, mas robusta do ponto de vista financeiro e da eficiência.
O programa de reestruturação da maior empresa pública do país e concessionária de hidrocarbonetos líquidos e gasosos foi aprovado pelo Presidente da República, João Lourenço, no âmbito do ajustamento da organização do sector dos petróleos.
A medida teve, entre outras finalidades, encontrar soluções capazes de contribuírem para a sustentabilidade e crescimento da indústria petrolífera em Angola, tornando a Sonangol E.P. mais competitiva e rentável, com foco na cadeia primária de valor, observando padrões internacionais de qualidade, saúde, segurança e meio ambiente.
Deste modo, a empresa poderá desfazer-se de activos fora do seu "core business" e também da participação em algumas empresas, como as do sector financeiro.
No quadro dessa estratégia, mais de 54 empresas pertencentes actualmente ao grupo, como a Unitel, poderão ser privatizadas, via bolsa de valores.
Durante o presente ano, foram rubricados vários acordos para o relançamento das actividades de exploração do sector petrolífero, que se recupera de uma dura queda iniciada em 2014, que chegou a levar o preço do barril do crude à casa de USD 27.
Para restabelecer a confiança e incentivar as operadoras do sector a realizarem novos investimentos, vários diplomas foram aprovados, por iniciativa do Executivo, o que permitiu à Sonangol assinar acordos com a Total, para exploração do Bloco 48.
No quadro dessas medidas, a petrolífera angolana assinou ainda acordos com a ENI, para o desenvolvimento de campos marginais como o Calimba e Reco Reco, do bloco 15/06, e com a Exxon Mobil, para explorar três concessões na bacia do Namibe.
Com vista a relançar a exploração petrolífera e aumentar os níveis de reservas provadas, a Sonangol, ainda nas vestes de concessionaria nacional, assinou vários acordos com a British Petroleum BP, para o alargamento da licença do bloco 18 até 2032, e o início do desenvolvimento do campo platina no mesmo bloco.
Também rubricaram um protocolo de entendimento para financiamento e construção da central de armazenamento de refinados de petróleos, na barra do Dande, província do Bengo, com capacidade inicial de 641 mil e 500 metros cúbicos.
Angola é o segundo maior produtor de petróleo bruto da África Subsaariana, com 1,5 milhões de barris/dia, atrás da Nigéria, com 1,7 milhões. Porém, produz apenas 20 por cento dos derivados do petróleo, assumidos pela Refinaria de Luanda.
Para inverter o quadro, além do projecto de Refinaria de Cabinda e Lobito (com capacidade para 200 mil barris/dia), o Governo assinou um acordo com a multinacional italiana ENI, para trabalhar no processo de reestruturação da Refinaria de Luanda.
Pretende-se, com isso, melhorar o seu funcionamento e aumentar a produção nacional.
No último trimestre do ano, foi inaugurado o projecto Kaombo Norte, operado pela Total, no campo petrolífero do bloco 32, que está a produzir 115 mil barris/dia, contribuindo para travar o declínio natural verificado na produção do petróleo no país.
Para 2019, prevê-se o arranque do projecto Kaombo Sul, o que permitirá elevar a produção combinada para 230 mil barris/dia.
Neste campo petrolífero, os investimentos realizados até agora estão avaliados em 16 mil milhões de dólares norte-americanos.
Juntando-se à iniciativa do governo, para aumentar a produção, a Total, maior produtor do país, com 700 mil barris/dia, anunciou o desenvolvimento dos campos petrolíferos Dalia, Zinia e outros com adicional de mais de 150 milhões de barris, com vista a travar o declínio natural na produção, estimada agora em 1,5 milhões de barris/dia.
O ano de 2018 ficou igualmente marcado pela participação de Angola na 175ª Conferência da OPEP, que decidiu fazer um corte na produção de até 1,2 milhão de barris/dia, já a partir de um de Janeiro de 2019, sendo 800 mil para OPEP e 400 para os não-OPEP.
Em observância à decisão da OPEP, Angola poderá cortar 29 mil barris/dia da sua produção estimada em 1,5 milhões de barris/dia, o que corresponde a dois por cento.
Angola produz apenas 20 por cento dos derivados do petróleo, assumidos pela Refinaria de Luanda, e para reduzir a importação está em curso um processo de reestruturação desta empresa, para melhorar o seu funcionamento e aumentar a produção nacional.

Fonte- Angop

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